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A Escola Básica da Ponte ou Escola da Ponte - Escola Básica Integrada de Aves/São Tomé de Negrelos, popularmente referida apenas como Escola da Ponte, é uma instituição pública de ensino, localizada em Vila das Aves e São Tomé de Negrelos, em Santo Tirso, no distrito do Porto, em Portugal, que proporciona aprendizagens a alunos do 1.º e 2.º Ciclo, dos 5 aos 14 anos, entre o 1.º e o 9.º ano, cujo método de ensino se baseia nas chamadas Escolas democráticas e numa educação inclusiva. Assim como será igualmente a primeira escola, no contexto histórico mundial, a exercer a chamada educação integral.
É a instituição de ensino que Rubem Alves se refere, em 2001, descrevendo-a no seu livro "A Escola com que Sempre Sonhei sem Imaginar que Pudesse Existir".
Faz parte integrante do chamado Movimento da Escola Moderna (MEM) alicerçado nas ideias pedagógicas do francês Célestin Freinet, e em 2002 era considerado, pelo presidente do referido movimento em Portugal, o único exemplo acabado dos seus princípios que são "uma escola democrática, para todos, em que se dá protagonismo ao aluno". Assim como segue igualmente muito do pensamento apresentado pelo brasileiro Paulo Freire.
Integra o "Projeto Fazer a Ponte" que defende, desde sempre, a promoção da autonomia e da consciência cívica dos alunos, privilegiando o seu progressivo envolvimento nas tarefas e na responsabilidade de gestão da escola. O estreito envolvimento da comunidade educativa na tomada de decisões, nomeadamente, na organização da escola e nos processos de aprendizagem, reforça a ideia de que a democraticidade e o respeito pelos interesses dos alunos sobre os demais intervenientes da ação educativa são princípios fulcrais deste projeto.
Hoje é um marco pedagógico de diferenciação do modelo de escola corrente, dito “tradicional” ou "convencional", e esta diferença é estudada, admirada e está a ser parcialmente adoptada um pouco por todo o Mundo, com especial destaque no Brasil.
Inserida no sistema público de ensino português, apesar da excelência comprovada por todas as inspecções e estudos, mesmo a nível mundial, o seu método de ensino tardou em ser aprovado e reconhecido pelo Ministério da Educação. Durante muito tempo, a escola da Ponte foi "ignorada" pelas autoridades, depois passou ser considerada por todas as instituições públicas nacionais como uma "referência" para um novo sistema de ensino que privilegie a Cidadania.
Este projecto surge em 1976 e foi liderado pelo pedagogo José Pacheco que entretanto, por sentir que estava num processo de conclusão e por o Ministério da Educação não ter permitido prosseguir a escola até ao 12.º ano, deixou-o entregue à gestão da própria comunidade local, conta com uma assembleia de estudantes, associação de pais, uma comunidade organizada e outras tantas acções e programas que culturalmente mantêm seu funcionamento, eliminando a função corrente de conselho directivo escolar.
No ano letivo 2015/16 tem apenas 230 alunos do pré-escolar ao 9.º ano.
O número de exames realizados não é muito expressivo, mas a posição da escola nos rankings das escola portuguesas oscila entre o lugar 214 no 4.º ano e o 1147 no 9.º ano. Os alunos são preparados para os exames tendo aulas mais tradicionais.